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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Música: Companheiro 

Letra: José Moreira Coelho e Maria Alice Martins
Melodia: José Moreira Coelho e Parcival Moreira Coelho

Meu companheiro
Nossa vida é muito dura,
Gente que não tem leitura
Sofre tanto que faz dó
Tem tanta gente
Por esse Brasil afora
A espera de melhora

E cada vez fica pior ...
Meu companheiro
O Brasil só vai pra frente
Quando um dia toda a gente
Souber ler e escrever
Por isso mesmo
Resolve meu companheiro
Ande logo vem ligeiro
Estudar e aprender...

O velho Pedro
A Maria, o Vicente,
A mulher do seu Clemente,
A Tereza e o Valdemar
Na caminhada
Não existe distinção
De cor e nem religião
Nem do jeito de trajar...

Nosso Brasil
Que se diz independente
Um país que vai pra frente
Passando o povo pra trás
Os poderosos
Pegando nossa riqueza
Entregando às empresas,
Prás multinacionais
            
                                                Refletindo com o Destaque...
              A partir da leitura desta música percebemos o alto indice de pessoas que não sabem ler e escrever em nosso país. Tais cidadãos que geralmente são excluídos da sociedade, simplesmente por não dominar totalmente a escrita. 
       Mas se pararmos para pensar, estes tantos analfabetos não lêem e escrevem corretamente tiveram não puderam iniciar os estudos por falta de oportunidade ou  tiveram que parar de estudar para trabalhar e sustentar a família talvez não existiria tanto preconceito. A maioria destes indivíduos tem historias de vidas marcantes que é muito digno parar pra ouvir um pouco e se emocionar.  Segundo (HADDAD, 2003): “Os anos de ausência após o abandono pesam significativamente na adaptação do aluno quando retorna.” (p. 165).          
          Portanto, nós seres HUMANOS, ao falar do Ensino de Jovens e adultos precisamos ter a sensibilidade e nos orgulhar, pois agora estão retornando às salas de aula a fim de quebrar tabus e não precisam de mais incentivos para desistir.         
Por Fernanda Nunes

Consumo excessivo na infância

À César o que é de César...
Fonte: Matheusdaybyday.com
Qual pai ou mãe nunca precisou dizer um "não" para o filho nas prateleiras do supermercado ou uma loja de brinquedos e presenciou a cena um tanto desnecessária, viu a criança se desesperar ao saber que não irá adquirir aquele brinquedo ou besteira. Pois é,  o consumo desenfreado na vida dos pequeninos vem se tornando o responsável pelo surgimento de inúmeros problemas, por exemplo: a obesidade infantil, a banalização do consumo, o materialismo excessivo , o desgaste nas relações sociais e o estresse familiar e escolar.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

 Citar o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) mais de 20 anos depois da sua aprovação deveria ser desnecessário... Mas não é.
Pelo contrário, quando o assunto é regulação de publicidade para crianças, é preciso repetir o artigo 4º do ECA todos os dias, como um mantra. Isso porque ainda tem muita gente que acredita que proteger as crianças da publicidade e do consumismo é dever único e exclusivo dos pais.
Uma infância saudável depende de envolvimento e esforço conjuntos. É fundamental, por exemplo, que o setor empresarial se organize e crie códigos de conduta e de ética. Assim como é essencial que o Estado proteja os direitos da criança e regule questões como a da publicidade, da mesma maneira que faz com outros temas. Políticas públicas são importantes porque estabelecem critérios mínimos a serem seguidos e fiscalizados. Sem elas, tudo é voluntário e depende de boa vontade e bom senso – coisas muito subjetivas...
Imagine por um instante como seria se as leis de trânsito fossem voluntárias. Seria apropriado deixar que o mercado decidisse se quer ou não instalar cintos de segurança nos veículos? Seria correto permitir que limites de velocidade fossem estabelecidos pelos próprios motoristas e seguidos só por quem quisesse? Seria seguro deixar que cada pai decidisse se seu filho menor de 18 anos pode ou não dirigir?
O argumento da responsabilidade exclusiva dos pais e da auto-regulação pode ser muito conveniente – afinal, ele implicitamente diz que não é preciso regular a questão, que o estado não precisa se intrometer no assunto e que o mercado é livre para anunciar como e para quem bem entender. Mas jogar nas mãos dos pais toda a responsabilidade pelo que a criança assiste e consome não faz sentido. Primeiro porque abandona os pais sem qualquer tipo de apoio para lidar com uma indústria que movimenta bilhões todos os anos. Segundo porque muitos adultos já nasceram na lógica do consumo e também são vulneráveis aos apelos da publicidade sem sequer se darem conta.
É claro que pais e mães têm um papel crucial na hora de proteger os filhos da publicidade e do consumismo – afinal, cabe a eles servir de exemplo, dar limites e transmitir valores. A regulação da publicidade, sozinha, não vai operar milagres... Os pais tem sim o seu papel nessa história.
Mas no seu exercício diário de educação, eles precisam estar respaldados por políticas públicas que garantam a proteção à infância e por condutas éticas do setor privado. Sem isso, a tarefa é praticamente impossível.

Por Dani Ribeiro

"História Oficial"

          Em 1985 surge o filme “História Oficial” que relata a história de uma família possivelmente feliz, composta por Alicia uma professora de história que cria com seu marido Roberto uma filha adotiva que se chama Gabi, e que podemos observar nitidamente no filme que a maior protagonista da felicidade naquele lar é dirigida pela pequena.
            Alicia recebe em sua casa sua amiga Ana que é uma ex presidiária política. Apos uma seriem de narração feita pela a amiga e também analises feitas, a professora fica se questionando em relação os últimos acontecimentos, e começou a relacionar com a história de Gabi que era filha de legítimos desaparecidos e provavelmente assassinados pelos militares. E desta forma sendo adotada por seu marido ilegalmente.
            A busca dessa resposta fez com que Alicia investiga se hospitais e até mesmo a igreja católica onde não teve o auxilio de um padre. Mais a sua resposta foi quando encontrou em uma manifestação na Praça de maio, a Avó biológica de Gabi, onde conversou e confirmou o acontecido. Alicia decidiu levar a biológica Avó para que Roberto conhece-se que não aceitou o acontecido. A professora volta para casa e agredida por seu marido que acha que Gabi foi entregue a verdadeira família e agride sua esposa, que o abandona.
            Portanto este filme teve relevância polemica na época, e narra fatos reais que aconteceram na Ditadura Militar na Argentina, muitas histórias como a da menina Gabi ainda estão trancadas em sete chaves.
           
    Por Dani Ribeiro, Erika Neves, Fernanda Nunes e Letícia Rocha

domingo, 23 de outubro de 2011

O que é Educação formal, informal e não formal?

Vamos entender...
Fonte : Portal Escola

       Vamos ver agora os três tipos de classificação para a educação, que são elas: Educação Formal, Educação Informal e a Educação Não-Formal.

        Na educação Formal se obedece a uma estrutura cronológica altamente institucionalizada, que compreende desde a escola primária até à universidade e com todas as diretrizes a serem seguidas.

        Já a Educação informal não necessita de currículos, e consiste no aprendizado adquirido no decorrer da vida, sejam através de experiências acumuladas, atitudes, comportamentos, habilidades e hábitos do dia a dia e ocorrem fora do quadro formal de educação, como, por exemplo: feiras ao ar livre, teatros, igrejas entre tantos outros.

       A Educação não formal é aquela que ocorre durante toda vida fora do ambiente, na vida cotidiana, onde as pessoas adquirem conhecimentos, habilidades, como por exemplo, nos costumes e cultura, entre amigos numa conversa enfim quando estamos nos socializando com o outro.

Por Clara Rafaela 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

29 de outubro, o dia nacional do livro!


Pois é, neste mês comemoramos o dia nacional do livro, você sabe por que foi escolhido o dia 29?  Porque foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO.
  
Comemore também! 
Comemore o dia do livro: lendo; presenteando com livro, ou, escrevendo uma frase. Se gostar do que escreveu, nos envie por e-mail. Vamos divulgar.
 


Por Dani Ribeiro e Fernanda Nunes

domingo, 16 de outubro de 2011

O ESPAÇO GEOGRÁFICO ENSINO E REPRESENTAÇÃO

Resenha do Destaque
Autora: Rosangela Almeida 
  
Rosângela Doin de Almeida é Graduada e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo. Mestre e doutora pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Elza Yasuko Passini é graduada em geografia na mesma Faculdade. Ambas possuem experiência como professoras de Geografia, contribuindo assim, para a elaboração em conjunto da obra que aqui é analisada.
 Sabemos que o ensino de geografia que o educador aprende ainda na universidade é precário, nesta obra será possível encontrar cinco temas que fará com que os professores reflitam um pouco mais sobre a geografia, e nesta mesma obra encontrara propostas para serem aplicadas em sala de aula.
            As autoras quando fala da importância da leitura de mapas, relacionam que essa prática e tão importante quanto o fato da criança ter que aprender ler e escrever e até mesmo fazer contas (15p). E relata quanto é importante para usarmos em nosso cotidiano, e que até nos tempos das cavernas usavam essa técnica para facilitar a caça.
            Almeida e Passini estabelecem em seu texto o fato das pessoas não conhecerem o espaço onde vivem e acabam não sabendo organizar o seu espaço, elas ressalta que muitas pessoas desconhecem a planta de um imóvel, quando vão comprar ou quando vão reformar o imóvel realizam erros que prejudicam a obra pelo fato de desconhecerem as plantas e os desenhos em escalas. Pessoas que conseguem ler mapas, desenhos e plantas tem facilidade para organizar o espaço desejado.
            Logo as autoras falam sobre a importância da leitura de mapas, e exemplificam que a primeira etapa ao observar o mapa é necessário observar a legenda a decodificação propriamente e relacionando os significantes e o significado dos signos relacionados na legenda,e também deve ser feita a leitura dos significantes/significados espalhados no mapa e procurar refletir sobre aquela distribuição /organização(17p).Almeida e Passini mostram quatro mapas com escalas diferenciadas, para que possamos localizar um bairro da cidade de São Paulo.Conseguinte explicam as escalas e como conseguimos reduzilas,e que a  cada centímetro equivale a 500 centimetros ou 5000 cm na realidade (20p). Essas informações são essenciais para que os educadores ensinem a seus alunos de modo que estudem a região onde vivem, o docente deve enfatizar com clareza os objetivos e ter cuidado para não perder informações importantes.
            Na página 21 as autoras mencionam Paganelli que fala que o ato de como mostrar os passos metodológicos levam á formação de um bom leitor. E baseando-se em Piaget de que a criança na idade do pensamento concreto necessita agir para conseguir construir conceitos e edificar os conhecimentos (21p). Deste modo melhora o desenvolvimento do educando de modo que o professor faça com que o aluno instiga o seu próprio conhecimento em base de espaço que envolva o cotidiano de seus alunos. Infelizmente encontramos atividades que são propostas para os alunos que simplesmente são mecanicistas tais como: colocar nome de países e rios, ou pinte países, estados, rios e municípios. As autoras afirmam que a melhor forma para que o aluno entenda a linguagem cartográfica e fazendo o mesmo passo a passo, reduzir proporcionalmente, estabelecer um sistema de signos ordenados, obedecerem a um sistema de projeção para que haja coordenação de ponto de vista (descentralização espacial)-, familiarize-se com a linguagem cartográfica. Elas enfatizam que apesar dessa construção do mapa o pode ser que o aluno ainda sinta dificuldade em organizar um sistema de signo de forma ordenada, mais essa dificuldade com o auxilio do educador ele vai construindo sua aprendizagem a partir de suas ações, segundo Piaget.
            No quarto tema Almeida e Passini falam sobre a criança e as relações espaciais, exemplificam que o espaço onde a criança vive através do movimento e do deslocamento, pode ser aprendido pela criança por meio de brincadeiras, e deve ser organizado conforme seus interesses. No cotidiano a criança vai reconhecendo o que está ao seu redor, e é interessante que o adulto mostre lugares chamativos e faça até perguntas para envolver a criança nesse ambiente, que podemos chamar de espaço percebido. Em seguida as autoras falam em sua obra sobre a tomada de consciência do espaço corporal, a criança tem essa sensação ao ser tocada, acariciada, segurada no colo e entre outros movimentos que entra em conexão com o corpo, isso se chama de esquema corporal, e nesse sentido podemos refletir que esse momento vai sendo caracterizado na infância até a adolescência um processo lento, e a criança vai se adaptando seu corpo com o ambiente.
Os textos Evolução da noção de espaço, Relações espaciais topológicas elementares, descentralização, conservação e reversibilidade, relações espaciais projetivas e euclidianas,perspectivas,coordenadase categorias espaciais. Isso leva a reflexão que nesse caso é importante o auxilio do educador, para que as crianças consigam organizar o espaço em cantinhos para brincar e organizar o espaço. As autoras estabelecem bem em sua obra, a importância que o desenho tem para desenvolver a noção de espaço com as crianças. E entre as crianças de oito a nove anos, planejar atividades de mapeamento, o educador tem que planejar um material essencial para atividade, e esse mapeamento pode ser simples mais orientado pelo professor para que o educando consiga construir esse conhecimento.
Infelizmente muitos livros didáticos têm atividade muito teórica e que é voltada para o tradicionalismo, e acaba inibindo o desenvolvimento do aluno, as autoras disponibilizaram algumas atividades mais voltada para a construção onde o educando  é o protagonista das atividades onde consegue perceber o objetivo da atividade.
Portanto para que o docente tenha um auxilia de modo que reflita a pratica, que é necessário para auxiliar uma construção da noção de espaço, para que seus alunos se sintam mais envolvidos com a geografia.

Por  Erika Neves

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Livro: O Espaço do Cidadão Autor: Milton Santos

SANTOS, Milton. Espaço do cidadão. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1993. 142 p.
Brasil.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC SEF, 1997.

Resenha
Milton Santos apresenta nesta obra uma proposta redemocratizadora para o país, abrindo espaço para o debate sobre a distribuição de espaço no Brasil e no mundo referente a um desenvolvimento digno dos homens e da cidadania exercida. Nós explicamos, ele conota de grande importância a contribuição nos estudos da realidade social brasileira, e analisar os desafios da cidadania diante da organização e produção do espaço brasileiro nos moldes capitalistas.
Resumindo, o autor fala que não existem cidadãos no Brasil e sim consumidores e usuários de bens e serviços devido ao governo se manter focado no cientificismo dos economistas que acabou criando um modelo de desenvolvimento que sufocou o povo, tudo dentro de um objetivo capitalista.
No início do da obra já vem a questão “Há cidadãos neste país?” e também outros seis textos: introdução ao capítulo; Neoliberalismo e Cidadania Atrofiada; O Não-cidadão do Terceiro Mundo; A Elaboração Brasileira do Não-Cidadão; Uma Sociedade Multitudinária.
No segundo capítulo, “O Cidadão Mutilado”, divide-se em oito textos: a introdução; Os Abusos de Funcionários sem Mandato; Fisco e cidadania; Firmas ou Instituições? ; Arregimentação e Manipulação; A Atrofia do Sindicalismo; Cidadania Urbana, Cidadania Rural; Comparações Internacionais.
Ressalta no começo do livro que o progresso material alcançado pela sociedade estabeleceu uma racionalidade econômica, sendo essa racionalidade iniciado na cultura moderna e repassada aos países pelo mercado e pelo discurso e ação estatal, responsáveis pela criação e manutenção de uma ideologia do "progresso".
Com isso, Santos (1998) faz um questionamento provocador: "Há cidadãos neste país?" Como fica a situação dos direitos políticos e sociais no Brasil, sob um modelo econômico que torna pobres milhões de pessoas em prol de um suposto progresso coletivo, mas que fica na mão de poucos? A economia dita as regras e se torna referência para os países pobres, que entram no jogo em posição subalterna. Tal progresso é legitimado e incorporado como ideologia e modifica o significado de cidadania.
No decorrer dos capítulos, explica que a cidadania foi e continua sendo um aprendizado social, apesar de ter passado por um processo de construção ao longo da história. Levando em consideração a realidade ocidental, tudo iniciou com a aquisição da qualidade de cidadão, como membro de um Estado-Nação, ocorrido na Europa no século XVII; em seguida, veio no século XIX a conquista de direitos coletivos, como o direito das classes trabalhadoras formarem associação. Em terceiro lugar, vieram os direitos sociais conquistados já no século XX, tendo como exemplo o sistema do Bem-Estar Social.
Desta forma, o significado de cidadão para os sujeitos e para a sociedade não foi produzido de modo abrupto e nem linear, mas foram idas e vindas, lentamente formadas por meio da história, das relações sociais e se dão como conquistas, como etapas a serem vencidas.
       Sugere que a cidadania envolve a dialética relação entre o Estado, a economia, as culturas, etc. No Brasil, a cidadania é regulada, outorgada. "Em lugar do cidadão formou-se um consumidor, que aceita ser chamado de usuário" (p. 13). Pela formação social do país, os direitos tornaram-se privilégios e tiveram sua existência atrelada às questões de ordem econômica, em uma realidade de país colonizado com profundas disparidades sociais.
O autor fala um pouco sobre os diferentes momentos históricos e seus aspectos determinantes na condução das não-cidadanias dos brasileiros. Brutais processos de urbanização, concentrada e excludente, industrialização em moldes semelhantes, políticas ditatoriais, crescimento econômico não acompanhado de distribuição de renda foram processos que geraram, à medida que ocorriam crônicos problemas de deterioração do potencial cidadão, que passa a estar extremamente associado ao ganho de bens materiais, à luta obstinada pelo ingresso no "milagre" brasileiro, trazendo consigo os valores ligados ao consumo como ideal de inserção no projeto nacional.
Assim, criou-se uma falsa idéia de progresso, onde o consumo é o revelador de quem é ou não um cidadão. A própria mídia, capaz de influenciar nos valores e gostos populares, passa a utilizar-se intencionalmente mais do termo consumidor, substituindo e/ou igualando-o ao termo cidadão!
         Com a individualização crescente, decorrente da competição, do egoísmo, do medo da violência, aumenta a insatisfação individual e coletiva.
Falsamente prega-se que tais insatisfações podem ser resolvidas com a aquisição de bens materiais e imateriais. A ideologia do consumo predomina na sociedade, passando para a população que todos podem ser prósperos, "vencer na vida", sendo esta a meta perseguida em nome do conforto nos dias atuais. Porém, esse pensamento:
"É uma distorção da realidade, fundada numa ideologia malsã do trabalho ? já que a vida termina por ensinar que a prosperidade material não depende do esforço puro e simples: de outra forma, a prosperidade seria generalizada. O chamado ao consumo busca retardar a tomada de consciência, mergulhando o consumidor numa atmosfera irreal, onde o futuro aparece como miragem." (SANTOS, 1998, p.39).
Santos (1998) relata que, o consumo consiste em uma espécie de "ópio do povo" tal como falava Marx. O consumidor de bens materiais não é cidadão, quando se deixa levar pelas decisões das empresas, e condiciona seus gostos e valores a determinados padrões de viver, de vestir, de comer, de se relacionar, etc. O consumidor de bens imateriais também não pode ser chamado de cidadão, pois as diversões e a educação não são acessíveis a todos, e ainda ajudam a fortalecer uma visão de mundo muitas vezes acrítica.
Também não se pode dizer que cidadão é aquele que vota, porque as dimensões da cidadania ultrapassam o momento do voto, momento esse que muitas vezes não passa, para muitos brasileiros, de mais uma obrigação em suas vidas, opinião essa que deriva tanto da falta de informação como da própria descrença no sistema político, diante de injustiças e desigualdades que se arrastam há séculos sem a devida resolução.
          Para o autor o espaço é um local que perpetua desigualdades, parece estar povoado por não-cidadãos, pois o planejamento político cada vez mais atende a interesses do mercado, e menos à população do entorno. Nesse sentido, muitos fixos são instalados no território por empresas e pelo Estado, mas para quem será o retorno econômico desses investimentos?
             As migrações populacionais, que tradicionalmente sempre ocorreram e ocorrem ao longo da história em todas as partes do mundo, no Brasil têm a característica de ser muitas vezes uma migração de consumo. Para que as populações tenham acesso a serviços que deveriam ser direitos básicos, precisam muitas vezes abandonar seus locais de origem sem garantias de que serão "contempladas" com tais direitos. Apesar dessa espécie de "alienação universal", originada do consumo e do individualismo tornados naturais, há possibilidade de mudança desse paradigma.
Para que haja a cidadania na verdade é preciso que o indivíduo seja um "consumidor imperfeito", não se submetendo aos ditames da mercadoria, mas ser ele próprio o sujeito e não o objeto de sua história. O autor fala da possibilidade de mudança por meio do resgate da individualidade, da "quebra" da repetição dos comportamentos perante os objetos, valores ditados pela sociedade de consumo, e busca de uma práxis libertadora diante dos mesmos.
Conforme o autor: "Uma grande tarefa deste fim de século é a crítica do consumismo e o reaprendizado da cidadania" (p. 125).
A própria irracionalidade e alienação que o sistema capitalista criado pela sociedade possui é capaz de desenvolver um processo de "desalienação". Para isso, é preciso que o ser humano tome consciência do que ele é e do que pretende vir a ser, e a partir da análise crítica das contradições sociais atuais e da inviabilidade de sua permanência busque ultrapassá-las nas idéias e nas ações.
            Dentro da sociedade atual, a maior parte das pessoas sabe que essa realidade do mundo atual é desfavorável e precisa ser mudada, mas as próprias obrigações do dia-a-dia as sufocam de tal modo que não conseguem agir, e com isso deixam de lado seus ideais, por considerarem que os mesmos, por sua complexidade, dispensariam ainda muito mais trabalho e fadiga.
O autor conclui afirmando que se torna necessário perseguir o modelo cívico, onde os direitos sejam universalizados e não privilégios, e onde mudem os discursos e as ações perante a realidade excludente do consumismo, da inércia política, da educação conservadora. Não se trata de um trabalho simples nem imediato, mas é preciso enxergar adiante e fazer acontecer.
Percebemos que tal obra serve de apoio àqueles que precisam de uma visão crítica para eventuais trabalhos relacionados ao exercício da cidadania, servindo de provocação ao debate não só acadêmico, mas também aos estudantes de ensino médio e professores, por este tema, que é muito pertinente perante a esta situação cada vez mais assustadora de desrespeito e descaso com o ser humano.

  Por Dani Ribeiro e Fernanda Nunes

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Veneno Está na Mesa (completo) ☠☠☠☠



O que você pensa disso?

          O documentário veneno na mesa é nada mais nada menos que um alerta a todos nos cidadãos brasileiros e tem o objetivo de nos mostrar que em nossa mesa o veneno esta sempre presente na maioria de nossas refeições.
          Os agrotóxicos estão sendo cada vez mais utilizados pelos agricultores, que por muitas vezes não são informados sobre o grande risco de vida ou de perca muito significativa de órgãos que estão lidando e acabam usando aqueles produtos de forma inadequada.
Ao decorrer dos tempos novas pragas vão aparecendo e com isso novos produtos são criados. A cada dia os alimentos ficam ainda mais envenenados, e as doenças decorrentes da ingestão desses alimentos não aparecerem de imediato e sim a longo prazo, quando pensamos que estamos bem de saúde porque temos uma alimentação balanceada ai é que nos enganamos, podemos estar sendo contaminados por doenças perigosas.
          A maioria desses agrotóxicos é cancerígena, e eles ainda estão preocupados com a produtividade e não com a qualidade do alimento produzido, na verdade estão sim preocupados em produzir alimentos de boa qualidade, mas não para o Brasil e sim para exportação, tendo em vista a grande margem de lucro aplicada nessas transações.

Por Clara Rafaela